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Leiam a citação de Montesquieu embaixo e nunca se esqueçam do que afirma.
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"Se soubesse de algo que fosse útil à minha família e não à minha pátria, procuraria esquecê-lo. Se soubesse de algo que fosse útil à minha pátria e prejudicial à Europa, ou então útil à Europa e prejudicial ao género humano, eu consideraria isso um crime”.
Montesquieu
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Enquanto activista do direitos humanos não posso deixar de me juntar às vozes que neste momento se associam a Aminetu Haidar quando se sacrifica pela sua dignidade e do povo do Sahara Ocidental. Não posso neste momento deixar de mais uma vez, denunciar a atitude cúmplice da União Europeia com várias situações de subjugação e ou de violação impune dos direitos humanos em África.
A cumplicidade da Comunidade Internacional, em particular a da União Europeia e dos seus Estados Membros, fica bem exemplificada com o caso do Sahara Ocidental, agora que a activista dos direitos humanos Aminetu Haidar está a arriscar a sua própria vida em nome da sua dignidade e do seu povo oprimido.
É esse o valor com que se tem que pagar para que aqueles que se colocam perante o mundo como campeões dos direitos humanos assumam as suas obrigações. O que teremos que fazer para que saiam da trincheira do cinismo com que gangrenam relações internacionais em que colocam acima dos valores humanistas (que postulam e instituíram como essenciais à suas relações internacionais) interesses económicos com que se sustentam e em nome dos quais não contestam ditaduras e diferentes situações de opressão vividas por vários povos africanos, sejam eles povos de Estados independentes ou não.
Esse cinismo, além da cumplicidade com que protege a subjugação do povo do Sahara Oidental, também vem sustentando outras ditaduras africanas que com absoluta impunidade violam direitos humanos como no caso de Angola.
O sacrifício voluntário e pacifista de Aminetu Haidar ao dar visibilidade à subjugação do seu povo e à cumplicidade internacional que a sustenta, constitui-se numa acção por todas as vitimas dessa tirania e também da cumplicidade internacional que vem sustentando regime de opressão no nosso continente.
Todos os que conduzem Estados, Governos e instituições supra nacionais, como a UE e CE, sustentando ainda que só pela omissão a impunidade de violadores dos direitos humanos, devem perceber que são co-produtores do esgotamento das possibilidades de sucesso dos movimentos pacifistas que trabalham pela garantia do respeito pelos direitos humanos. Devem perceber que estão a contribuir para a eliminação das possibilidades de acção pacifista das vitimas dessas ditaduras. Estão a reduzir as nossas possibilidades de acção e a obrigar-nos assim à legitima defesa com o recurso ao uso da força. Solução que não temos promovido apesar de tantas vezes termos sido reprimidos com violência e de inclusive, nalguns casos, enquanto defensores dos direitos humanos, termos sido alvos de atentados contra as nossas vidas. Violência que, em consequência, poderá ser a resposta a que , obrigados a isso pelas ditaduras, os africanos oprimidos recorrerão nalgum momento da afronta a que são submetidos. Submissão, paradoxalmente, agora também concretizada por regimes reconhecidos como sendo democracias pela Comunidade Internacional em geral e em particular pela UE.
Aminetu Haidar, desejo que sobrevivas e sejas uma vencedora mas caso o teu sacrifício te seja fatal nunca o será em vão porque, a prazo, as causas justas são sempre vencedoras.
Havemos de reproduzir o teu exemplo de combatente pela liberdade e pela dignidade humana até que todas as nossas aspirações sejam concretizadas.
Aminetu Haidar, colocas-te entre as filhas e filhos mais dignos de África.
Obrigada Aminetu Haidar pelo exemplo de dignidade que nos dás.
EXIGE DIGNIDADE
Luiz Araújo
Defensor dos Direitos Humanos
Angola
Solicito a mais ampla divulgação desta mensagem e o seu envio em especial para entidades da União Europeia e dos seus estados membros.
Leiam a citação de Montesquieu embaixo e nunca se esqueçam do que afirma.
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"Se soubesse de algo que fosse útil à minha família e não à minha pátria, procuraria esquecê-lo. Se soubesse de algo que fosse útil à minha pátria e prejudicial à Europa, ou então útil à Europa e prejudicial ao género humano, eu consideraria isso um crime”.
Montesquieu
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Enquanto activista do direitos humanos não posso deixar de me juntar às vozes que neste momento se associam a Aminetu Haidar quando se sacrifica pela sua dignidade e do povo do Sahara Ocidental. Não posso neste momento deixar de mais uma vez, denunciar a atitude cúmplice da União Europeia com várias situações de subjugação e ou de violação impune dos direitos humanos em África.
A cumplicidade da Comunidade Internacional, em particular a da União Europeia e dos seus Estados Membros, fica bem exemplificada com o caso do Sahara Ocidental, agora que a activista dos direitos humanos Aminetu Haidar está a arriscar a sua própria vida em nome da sua dignidade e do seu povo oprimido.
É esse o valor com que se tem que pagar para que aqueles que se colocam perante o mundo como campeões dos direitos humanos assumam as suas obrigações. O que teremos que fazer para que saiam da trincheira do cinismo com que gangrenam relações internacionais em que colocam acima dos valores humanistas (que postulam e instituíram como essenciais à suas relações internacionais) interesses económicos com que se sustentam e em nome dos quais não contestam ditaduras e diferentes situações de opressão vividas por vários povos africanos, sejam eles povos de Estados independentes ou não.
Esse cinismo, além da cumplicidade com que protege a subjugação do povo do Sahara Oidental, também vem sustentando outras ditaduras africanas que com absoluta impunidade violam direitos humanos como no caso de Angola.
O sacrifício voluntário e pacifista de Aminetu Haidar ao dar visibilidade à subjugação do seu povo e à cumplicidade internacional que a sustenta, constitui-se numa acção por todas as vitimas dessa tirania e também da cumplicidade internacional que vem sustentando regime de opressão no nosso continente.
Todos os que conduzem Estados, Governos e instituições supra nacionais, como a UE e CE, sustentando ainda que só pela omissão a impunidade de violadores dos direitos humanos, devem perceber que são co-produtores do esgotamento das possibilidades de sucesso dos movimentos pacifistas que trabalham pela garantia do respeito pelos direitos humanos. Devem perceber que estão a contribuir para a eliminação das possibilidades de acção pacifista das vitimas dessas ditaduras. Estão a reduzir as nossas possibilidades de acção e a obrigar-nos assim à legitima defesa com o recurso ao uso da força. Solução que não temos promovido apesar de tantas vezes termos sido reprimidos com violência e de inclusive, nalguns casos, enquanto defensores dos direitos humanos, termos sido alvos de atentados contra as nossas vidas. Violência que, em consequência, poderá ser a resposta a que , obrigados a isso pelas ditaduras, os africanos oprimidos recorrerão nalgum momento da afronta a que são submetidos. Submissão, paradoxalmente, agora também concretizada por regimes reconhecidos como sendo democracias pela Comunidade Internacional em geral e em particular pela UE.
Aminetu Haidar, desejo que sobrevivas e sejas uma vencedora mas caso o teu sacrifício te seja fatal nunca o será em vão porque, a prazo, as causas justas são sempre vencedoras.
Havemos de reproduzir o teu exemplo de combatente pela liberdade e pela dignidade humana até que todas as nossas aspirações sejam concretizadas.
Aminetu Haidar, colocas-te entre as filhas e filhos mais dignos de África.
Obrigada Aminetu Haidar pelo exemplo de dignidade que nos dás.
EXIGE DIGNIDADE
Luiz Araújo
Defensor dos Direitos Humanos
Angola
Solicito a mais ampla divulgação desta mensagem e o seu envio em especial para entidades da União Europeia e dos seus estados membros.
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---------- Forwarded message ----------
From: Arrastão
Date: 2009/12/9
Subject: Arrastão
To: maquinaza@gmail.com
Arrastão
O silêncio dos cobardes
Posted: 08 Dec 2009 11:07 PM PST
Em greve de fome há 24 dias num parque de estacionamento do aeroporto de Lanzarote, Aminetu Haidar continua a morrer aos poucos. O governo espanhol não se limita ao silêncio e comporta-se como autêntico delegado diligente da ditadura marroquina. Do resto da Europa, governo português incluído (o partido que o sustenta nem a favor de um voto de solidariedade consegui estar), o silêncio cobarde. O Sara luta pelo mesmo que Timor lutou. A história é aliás quase igual. Mas os negócios falam mais alto. Aminetu Haidar, prémio Sakarov entre tantos outros, pode morrer a qualquer momento. Em solo europeu. Perante o silêncio cobarde de todos. Apenas porque não deixam regressar ao seu país, à sua casa, aos seus filhos. Apenas porque os mesmos que a elogiam e a premeiam são incapazes de aprender alguma coisa com o seu exemplo: o da dignidade e da coragem.
Quando Marrocos fez saber que ela só poderá regressar se pedir desculpas ao rei Mohammed VI, o seu filho mais novo, de 13 anos, disse: “A minha mãe nunca vai voltar a casa porque nunca vai pedir perdão ao rei.” Não por frieza, mas pela coragem de uma combatente, Aminetu mediu todas as palavras: “podem viver sem mãe, mas não sem dignidade”. Por mim, ao ver esta mulher firme e de paz morrer na Europa que se diz da liberdade sinto uma vergonha sem fim. E um desprezo enorme pelos cobardes que nos governam. Tivessem os nossos líderes um pingo do que tem Aminetu e estariamos muito melhor servidos.
---------- Forwarded message ----------
From: Arrastão
Date: 2009/12/9
Subject: Arrastão
To: maquinaza@gmail.com
Arrastão
O silêncio dos cobardes
Posted: 08 Dec 2009 11:07 PM PST
Em greve de fome há 24 dias num parque de estacionamento do aeroporto de Lanzarote, Aminetu Haidar continua a morrer aos poucos. O governo espanhol não se limita ao silêncio e comporta-se como autêntico delegado diligente da ditadura marroquina. Do resto da Europa, governo português incluído (o partido que o sustenta nem a favor de um voto de solidariedade consegui estar), o silêncio cobarde. O Sara luta pelo mesmo que Timor lutou. A história é aliás quase igual. Mas os negócios falam mais alto. Aminetu Haidar, prémio Sakarov entre tantos outros, pode morrer a qualquer momento. Em solo europeu. Perante o silêncio cobarde de todos. Apenas porque não deixam regressar ao seu país, à sua casa, aos seus filhos. Apenas porque os mesmos que a elogiam e a premeiam são incapazes de aprender alguma coisa com o seu exemplo: o da dignidade e da coragem.
Quando Marrocos fez saber que ela só poderá regressar se pedir desculpas ao rei Mohammed VI, o seu filho mais novo, de 13 anos, disse: “A minha mãe nunca vai voltar a casa porque nunca vai pedir perdão ao rei.” Não por frieza, mas pela coragem de uma combatente, Aminetu mediu todas as palavras: “podem viver sem mãe, mas não sem dignidade”. Por mim, ao ver esta mulher firme e de paz morrer na Europa que se diz da liberdade sinto uma vergonha sem fim. E um desprezo enorme pelos cobardes que nos governam. Tivessem os nossos líderes um pingo do que tem Aminetu e estariamos muito melhor servidos.
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